É deste rio que tive inveja.
Da placidez que nunca se rendeu,
da fúria que nunca se excedeu.
É deste rio que guardo rancor.
Da víscera ferida de ser eu,
do figadal que é e não morreu.
É deste rio que lembro o vão.
Da dúvida de que é réu,
da certeza de que perdeu.
É deste rio que me esqueço.
Da moeda de prata que o vendeu,
da vergonha de ser seu.
"Eternal rains will come" , Pale Communion , Opeth