Encho a boca de preces vazias,
pedidos perdidos no gélido esquecimento
do calor dos dias.
Estórias contadas a fio,
arrepios de estio,
sonhos de frio
aprumado,embaladas
em rezas ao infinito
do céu.
Perco a vontade de saborear os céus,
concretos incertos,destinos desertos
dos servos teus.
Visões da mármore branca,
longe da verdade franca
que na vida tranca
o ser,enredado
em mentiras sem fundo
nem véu.
Agarro-me á certeza dos olhos meus,
sons fortuitos no ruído eterno,
no amor do fardo nas mãos de Deus.
Secas torrentes de paz,
reflexo do que faz
a fé no fado,murmurado
em segundos sem fim
nem princípio.
"The space for this" , Traced in Air, Cynic