em bruma baça,
com a seca voz
do gelo das nuvens.
Parei-te as correntes
do rio de ser,
com o olhar dos ventos,
do profundo do leito
ao branco do céu.
Gelei-te as ondas
de intruso mar.
Abri-te as redondas
íris, pálidas, a cegar,
para sempre encerradas,
pelo meu sol por brilhar,
reflexo de amar.
Apartei-te os braços
do meu corpo etéreo,
sem lutar, sem forçar,
apenas por não lá estar,
realmente.
"Gravity eyelids" , In Absentia , Porcupine Tree
1 comentário:
duro.. cru.. triste..
mas bonito.. :)
e depois a bruma levantou e o sol voltou a brilhar.. e voltaste a estar lá! :)
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