Physics of Gridlock - Pain of Salvation

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Cantar de fogo posto

O cheiro de lua nova
sopra-me no rosto.
Sem pressas de outra trova,
que a moda é como um fogo posto,
um cantar deposto.
Segue linhas e olhares,
corre ventos e lugares,
fugazes e sonolentos.
Abrevia-me o sofrimento,
torna lento o sentimento
de prazer por consumar.
Leve luz do ressoar,
breve grito mudo
a destoar,
negro Tudo
que fere o olhar.
O cheiro de lua nova
sopra-me no rosto.
Tudo se sente,
o que comprova
que o luar é um cantar deposto,
um doce canto do desgosto.

"Trains" , In Absentia, Porcupine Tree

2 comentários:

Ana Jones disse...

"Oh!lua branca de fulgores e de encantos
Se é verdade que ao amor tu dás abrigo
Vem tirar dos olhos meus o pranto
Ai! vem matar esta paixão que anda comigo."

Chiquinha Gonzaga

pego nas palavras desta grande senhora para simplesmente dizer: a lua é uma grande companheira de todos os que vivem e respiram a "noite"... no sentido de estar sempre atenta aos nossos movimentos... nos acariciar com o seu bafo, ora doce, ora gélido...

e não há nada melhor que uma lua cheia reflectida no tejo...

Anónimo disse...

Gosto mt da lua e do texto tb, vá.