É como ver-te passar na rua.
Ver-te morder o lábio
entre a nua
incerteza e o gáudio,
pelo meu interesse.
É como sonhar-te no suor frio.
Acordar molhado
no calor do estio,
sem te ter ao meu lado,
sem seres real.
É como cantar-te a cor.
Desafinar em contratempo,
seja onde for.
Acertar,tacteando,
onde o cantar falhou.
É desabrochar-te a flor.
Mostrar-te o mundo,
sem pudor.
Tirar-te o medo do profundo,
sê-lo sem calor.
"Garota de Ipanema", Compact Jazz, Tom Jobim (Gil&Morellenbaum)
3 comentários:
gostava de saber em que é que estavas a pensar...
black cherry and sin!
Isto é poema pra maiores de 18? =p
Enviar um comentário