Deitei fora as esperanças
no calor dos muros.
Medi bem-aventuranças
em silêncios duros,
difíceis de quebrar,
interessantes de ouvir.
Prestes a sorrir,
pensei a sorte,
hipótese forte,
de te ver fugir.
A sedutora imagem
de agarrar,na margem
a mão dos idos,
os olhares perdidos
e decaídos,
surge pálida
e cálida.
Aconchegante,
mas sem fulgor.
Prestes a dormir,
pensei a morte,
hipótese forte,
de te ver partir.
A derradeira imagem,
barco que parte da margem
dos chamares perdidos
e decaídos
surge difícil
e inverosímil.
Certa e inevitável;
porque débil
sou eu.
Silêncio
4 comentários:
Há pensamentos e coisas que só de imaginar se tornam incómodas. Há coisas de que teremos sempre medo... I get it.
o que queres que não se vá embora?
uma mulher? uma sombra? uma metáfora?
Há metáforas que bem podiam não fugir...mas não é isso.
Li, li e voltei a ler. Mas não consegui descodificar este texto. Fico-me pela minha tentativa de interpretação, k provavelmente nd terá a ver com o k kerias dizer.
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